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Política

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78% das escolas já voltaram a funcionar, afirma prefeitura

Reajuste de até 18% não encerra greve

Por: Ana Beatriz Fernandez Martinez

10/07/202519:22

A Prefeitura de Salvador informou nesta última quinta-feira (10) que aproximadamente 78% das escolas da rede municipal já retomaram as atividades, mesmo com a greve dos profissionais da educação. Segundo a Secretaria Municipal da Educação (Smed), das 412 unidades escolares, cerca de 321 estão funcionando, e esse número tem crescido com o retorno gradual dos servidores.

sala de aula
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A gestão municipal reforçou o apelo para que os profissionais que ainda aderem à greve retornem aos seus postos, a fim de garantir o pleno funcionamento das escolas e o direito à educação dos alunos.

Segundo a Prefeitura, a campanha salarial de 2025 resultou em reajustes de 9% a 18% para os profissionais da educação, acima do piso nacional de 6,27%. Com a nova legislação, nenhum professor da rede municipal receberá abaixo do piso, hoje fixado em R$ 4.867,77.

A administração destaca que a nova tabela de vencimentos não pode ser revogada, pois isso resultaria em redução salarial — o que é proibido pela Constituição. Ainda assim, durante as negociações com a categoria, foram acordadas revisões pontuais na legislação, incluindo:

  • Atualização da Gratificação de Otimização conforme futuros reajustes;

  • Restabelecimento do limite de 25% da Gratificação de Aprimoramento;

  • Retorno da ajuda de custo para docentes em escolas das Ilhas;

  • Retorno da gratificação para professores em unidades socioeducativas;

  • Possibilidade de conversão da licença-prêmio em pecúnia (a regulamentar);

  • Criação de novas vagas nos níveis 2, 3 e 4 da carreira, valorizando a formação continuada.

A Prefeitura informou ainda que, enquanto a greve continuar, não haverá novas rodadas de negociação. A administração entende que já garantiu avanços importantes dentro dos limites legais e fiscais.

Por fim, a gestão lembra que há decisões judiciais, inclusive do STF, que declararam a greve ilegal desde 7 de maio, reforçando o pedido para que os profissionais retornem às escolas e assegurem o direito à educação dos estudantes.