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Arthur Elias reclama de estrutura da Copa América Feminina

Seleção marcou goleada contra a Bolívia nesta quarta (16)

Por: Gabriel Pina

17/07/202518:30

Nem mesmo a goleada de 6 a 0 contra a Bolívia, nesta última quarta-feira (16), durante a segunda rodada da Copa América Feminina, fez a seleção brasileira feminina se animar com o campeonato. O motivo, apontado pelo técnico Arthur Elias, seria na estrutura oferecida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol)

Arthur Elias conversando com árbitros
Foto: Lívia Villas Boas/CBF

Segundo informações, a seleção não pode fazer o trabalho de aquecimento no gramado, sob alegação de que o campo teria de ser preservado, pois o estádio recebe dois jogos em sequência no mesmo dia, sobrando o vestiário como espaço de uso.

A situação preocupou Elias, que chegou a temer que o episódio prejudicasse o rendimento do time nos jogos. "Posso dizer que a questão do aquecimento me preocupa muito. Tivemos uma jogadora hoje [quarta] que, no fim do aquecimento, sentiu a possibilidade de ter algo muscular. Fizemos testes [e ela foi para o jogo], mas se ela precisasse ser trocada em cima da hora, a jogadora que entrasse o faria sem aquecimento, porque naquele lugar não cabem as 20 atletas de linha para aquecer. E [as titulares] acabam aquecendo mal. É uma condição até preocupante para a saúde das jogadoras e para o jogo, obviamente. Quando as equipes não aquecem no campo, demoram a pegar [ritmo], temos visto muitos erros de passes das equipes, especialmente no primeiro tempo. Penso que influencia muito", disse o técnico.

Mas, engana quem acredita que os problemas acabam aí. Em entrevista à imprensa, Arthur Elias apontou falhas nos métodos de arbitragem do torneio, causando interrupções constantes.

"No futebol sul-americano, precisamos ter mais cuidado. Perguntei à árbitra [a argentina Roberta Echeverria], uma boa árbitra, qual é o critério, porque a Fifa [Federação Internacional de Futebol] recomenda [ao menos] 60% de bola em jogo. No segundo tempo, foram 32% de bola em jogo e no primeiro [tempo] menos de 40%. Isso é muito ruim, pode ser determinante para a classificação e influencia tecnicamente, porque o saldo de gols pode desempatar. [Temos de saber se] Estamos fazendo diferente da Fifa e o porquê. A gente tem uma Copa do Mundo no Brasil [em 2027], que representa nosso continente e é importante estarmos todos juntos para fazermos as reflexões e cobrar quem tem que ser cobrado", completou o chefe do time.

Um detalhe chama atenção: ao contrário do que ocorre na masculina, fase de grupos da Copa América Feminina não tem árbitro de vídeo (VAR).