Minidrones ganham papel nas guerras modernas
China e EUA investem em espionagem aérea
Por: Ana Beatriz Fernandez Martinez
29/06/2025 • 17:50 • Atualizado
Parece um mosquito, mas é tecnologia de ponta. A China desenvolveu um minúsculo drone com aparência de inseto para uso em missões militares e de inteligência. O equipamento foi apresentado pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT) em reportagem exibida pelo canal militar CCTV7, da emissora estatal chinesa.
Segundo o pesquisador Liang Hexiang, o minirrobô biônico é ideal para missões de coleta de informações e tarefas especiais no campo de batalha. O dispositivo possui duas asas translúcidas, corpo compacto e três pequenas pernas — mas, apesar da semelhança com um inseto, é um avanço tecnológico.
Além desse modelo, o programa também mostrou um drone com quatro asas que pode ser operado por smartphone, evidenciando o progresso dos militares chineses na robótica em miniatura.
Em diversos países, militares investem no desenvolvimento de drones inspirados em insetos como abelhas e mosquitos. O desafio está em reunir microcomponentes como câmeras, sensores, baterias e sistemas de controle em uma estrutura leve, silenciosa e durável.
A fabricação desses dispositivos exige conhecimento em áreas como robótica, ciência de materiais e engenharia de sensores — especialidades geralmente concentradas em centros militares e de pesquisa avançada.
A iniciativa chinesa lembra o “RoboBee”, drone de aproximadamente três centímetros criado em 2013 por cientistas da Universidade de Harvard. O modelo norte-americano, porém, foi idealizado para monitoramento ambiental e agrícola, sendo maior e com funções mais limitadas para o uso militar.
Apesar do avanço, minidrones em forma de insetos ainda enfrentam limitações para o uso em ambientes hostis. Eles precisam resistir a variações climáticas, oferecer imagens precisas, autonomia maior de bateria e alcance suficiente para garantir a segurança de quem os controla.
Por isso, os drones mais utilizados em campo atualmente são os de porte um pouco maior, como o Black Hornet, desenvolvido na Noruega e adotado por exércitos como os da Alemanha e dos Estados Unidos.
Esse modelo, semelhante a um pequeno helicóptero, é leve, discreto e quase sem ruído. Conta com câmeras HD, tecnologia infravermelha e transmite vídeos ao vivo, o que permite identificar armadilhas em áreas de risco sem expor os soldados.
O Exército dos EUA também investe em seus próprios nanodrones. Embora haja confirmação oficial do desenvolvimento, os detalhes técnicos ainda são mantidos sob sigilo pela Força Aérea norte-americana.
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