Zuckerberg caça cérebros da OpenAI
CEO oferece bônus de até US$ 100 mi
Por: Ana Beatriz Fernandez Martinez
10/07/2025 • 21:00
Nas últimas semanas, Mark Zuckerberg intensificou os esforços para reforçar os times de inteligência artificial da Meta, recrutando profissionais de empresas rivais como OpenAI, Anthropic e Google. O movimento incluiu propostas milionárias, gerando desconforto no setor — especialmente em Sam Altman, CEO da OpenAI.
Em entrevista recente, Altman revelou que diversos membros de sua equipe foram abordados com ofertas exorbitantes. “Eles estão oferecendo bônus de até US$ 100 milhões por ano”, afirmou. O foco da Meta tem sido atrair talentos para atuar em projetos do Facebook, Instagram, WhatsApp e, agora, na recém-criada Meta Superintelligence Labs.
Entre os novos contratados, está Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, que agora lidera o novo laboratório da Meta. A empresa também fechou parceria financeira com sua antiga startup, injetando cerca de R$ 14,3 bilhões. Nat Friedman, ex-GitHub, também foi contratado para conduzir pesquisas aplicadas em IA.
Segundo o site Wired, sete ex-funcionários da OpenAI foram contratados desde o início dessa “blitz”. Altman respondeu com críticas diretas, acusando a Meta de promover uma cultura baseada apenas em altos salários. Em memorando interno, afirmou que os melhores talentos da OpenAI continuaram na empresa e sugeriu que a cultura da Meta poderia enfrentar dificuldades.
“O que a Meta está fazendo pode gerar problemas culturais profundos”, escreveu Altman, destacando que acredita mais no potencial de valorização futura da OpenAI. Ele ainda ressaltou que, na visão dele, "os missionários vencem os mercenários", em referência a profissionais que escolhem propósitos em vez de altos salários.
Mark Chen, diretor de pesquisa da OpenAI, foi ainda mais incisivo, dizendo por e-mail que a situação “parece como se alguém tivesse invadido nossa casa e levado algo”.
A Meta, por sua vez, negou que os valores divulgados sejam exatos, mas não comentou diretamente as acusações. Ainda assim, os pacotes oferecidos, segundo fontes, podem ultrapassar os US$ 300 milhões ao longo de quatro anos.
O embate entre as duas gigantes mostra que, mais do que desenvolver tecnologia, a nova corrida do ouro da IA passa por atrair — ou manter — os cérebros mais brilhantes do setor.
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