Após 1 ano longe dos palcos soteropolitanos, a cantora Marina Sena voltou a Salvador na noite deste sábado (6), com a turnê do seu último disco “Coisas Naturais”. O show, realizado no Museu de Arte Moderna (MAM) da Bahia, foi marcado pela presença do mar da praia da Gamboa e pelo entusiasmo dos fãs, que esgotaram os ingressos para as duas datas marcadas (6 e 7), provando que a mineira de Taiobeiras é uma verdadeira pop star. O Portal Esfera foi convidado para participar do evento e te conta os melhores momentos. Confira:
Quando anunciado em maio que a passagem da turnê “Coisas Naturais” em Salvador seria no MAM, alguns fãs acharam a escolha do lugar inusitada, uma vez que o show do disco “Vicio Inerente”, em junho de 2023, foi realizado na Concha Acústica, que tem capacidade para 5 mil pessoas.
De lá para cá, a demanda por ingressos da cantora aumentou, mas o espaço diminuiu, já que o MAM tem uma capacidade aproximada de pouco mais de 2 mil. Mas, ao entrar no evento, a surpresa foi positiva. Com a Baía de Todos-os-Santos sendo o fundo do palco, nada mais "Coisas Naturais" que assistir ao show acompanhado, a poucos metros, pela presença do mar.
Além disso, o local pareceu (de forma planejada ou não) bem democrático, visto que, pela Avenida Lafayete Coutinho, era possível se ter uma vista privilegiada do evento sem pagar nada, o que formou um camarote exclusivo.
Palco do show. Foto: Gabriel Pina/Portal Esfera
No palco, os DJs da cena soteropolitana, Errari e Libre Ana, agitaram o público, até a chegada de Marina, às 20:00. Ao som da faixa título “Coisas Naturais”, a artista foi recebida pelos gritos entusiasmados do público baiano, carinho retribuído pela artista, que fez questão de ressaltar seu amor pela Bahia, ao brincar falando que se considera “baianeira”.
Nos minutos seguintes, a performer entregou um verdadeiro show de visuais, com direito a uma luta de capoeira durante a apresentação de “Partiu Capoeira” e até uma tímida visita da lua, em meio ao céu nublado da cidade, durante a música “Mágico”. E por falar na lua, quando a mineira cantou os versos de “Lua Cheia” o público se jogou ao som da batida deliciosa do mix de um piseiro com instrumentais dos anos 80, que trazem referências ao swing do pagodão baiano. Mas, o entusiasmo só não foi o maior da noite porque “Carnaval” fez com que ninguém ficasse parado ao beat de funk.
Marina Sena durante show em Salvador. Foto: Gabriel Pina/Portal Esfera
A certa altura do show, Marina Sena notou que uma fã passava mal e precisou interromper momentaneamente sua apresentação para prestar apoio. Do palco, a cantora pediu para que a jovem fosse levada para a área do front stage, que era de acesso exclusivo para o pessoal da produção, o que levou algumas pessoas a começarem a gritar “Marina, eu também estou passando mal”, levando a mineira a cair na risada.
Com o final se aproximando, “Mande um Sinal” fez o público erguer as lanternas de seus celulares e se emocionar com uma performance romântica, mostrando a versatilidade de sons e sensações apresentadas no espetáculo, que conta com direção de Vito Soares, Marcelo Jarosz e Fernanda Fiuza. Por fim, em “Ouro de Tolo” os fãs vibraram, fechando a noite com gritos de bis para que a cantora retornasse ao palco, o que deixou evidente o forte apelo da artista na Cidade da Música.
Público durante o show. Foto: Gabriel Pina/Portal Esfera
Desde 2021, Marina Sena mostrou que sua carreira musical tem muito a ser explorada. Apesar de já ser um nome conhecido em Minas Gerais, ao lado de Marcelo Toffani, Mariana Cavanellas e LUIZGA, na banda “Rosa Neon”, ou como vocalista principal da “Outra Banda da Lua”, foi com o verso “Eu já deitei no seu sorriso, só você não sabe…” que a mineira conquistou projeção nacional. Desde então, a cada novo lançamento, a cantora parece provocar nos fãs um deslumbre diante de sua figura. E "Coisas Naturais" não é diferente, estabelecendo um novo auge de sucesso, fazendo com que o município de Taiobeiras, no norte de Minas, que tem pouco mais de 30 mil habitantes, seja conhecido e comentado em Salvador.