Itaú demite mais de mil funcionários em meio a críticas ao home office
Banco alega falhas de conduta no trabalho remoto, sindicato repudia decisão
Por: Redação
09/09/2025 • 12:45
O Itaú Unibanco demitiu, na última segunda-feira (8), cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido e home office. As dispensas, feitas sem aviso prévio, foram duramente criticadas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que divulgou nota de repúdio.
Em comunicado, o banco confirmou os desligamentos e afirmou que eles ocorreram após “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. Segundo a instituição, foram identificados “padrões incompatíveis com os princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”.
Sindicato reage
Para o sindicato, a justificativa do Itaú é inaceitável diante dos lucros bilionários da instituição.“É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’”, afirmou a entidade.
O sindicato também aponta que o banco teria considerado períodos de inatividade de até quatro horas nos computadores corporativos como falta de produtividade. Para a entidade, esse critério é questionável, pois desconsidera fatores como falhas técnicas, contextos de saúde e sobrecarga de trabalho.
A entidade informou que pediu esclarecimentos ao Itaú e que cobrará a reposição das vagas. O banco conta atualmente com 95,7 mil funcionários, sendo 85,8 mil no Brasil.
Veja a íntegra da nota do Itaú
“O Itaú Unibanco realizou hoje desligamentos decorrentes de uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada. Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco. Essas decisões fazem parte de um processo de gestão responsável e têm como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade.”
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