Sete de Setembro tem desfiles oficiais e protestos em várias cidades do país
Enquanto Lula celebrou a data em Brasília, manifestações de direita e esquerda marcaram o feriado em diferentes capitais
Por: Redação
07/09/2025 • 12:00 • Atualizado
Aos gritos de “sem anistia” e “soberania não se negocia”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste domingo (7) o desfile cívico-militar do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, cerca de 45 mil pessoas acompanharam a cerimônia, que contou com desfile militar, participação de estudantes e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça.
Lula chegou em carro aberto, ao lado da primeira-dama Janja, e passou em revista às tropas antes de se dirigir à tribuna das autoridades. O presidente esteve acompanhado do vice, Geraldo Alckmin, de ministros de Estado e de outras autoridades.
Neste ano, o evento destacou o tema da soberania nacional, além de mensagens sobre democracia, futuro do Brasil e a realização da COP30 em Belém. A segurança foi reforçada em toda a região da Esplanada, também em razão do julgamento da suposta trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Atos em todo o país
Além da cerimônia oficial, o 7 de Setembro foi marcado por manifestações de rua em várias cidades brasileiras. Em capitais como Brasília, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, grupos de direita e de esquerda promoveram atos simultâneos.
Bolsonaristas defenderam anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e criticaram decisões do Judiciário. Em Salvador, por exemplo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro lotaram o Farol da Barra, em um ato com a presença de parlamentares do PL e lideranças locais.
Já movimentos sociais, estudantis e sindicais participaram do tradicional Grito dos Excluídos, que ocorreu em diversas capitais com pautas como defesa da democracia, justiça social, direitos indígenas e combate às desigualdades.
As manifestações ocorreram em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF, no qual o ex-presidente é acusado de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. No Congresso, aliados tentam articular um projeto de lei de anistia para beneficiar Bolsonaro, apoiadores e participantes dos atos de 8 de janeiro.