No programa de negociações de alto nível que movimenta Hollywood, a Warner Bros. volta ao centro das atenções. Menos de cinco anos após a fusão com a Discovery, o estúdio estaria novamente à venda, segundo a imprensa americana. O movimento reacende o debate sobre o rumo da indústria cinematográfica e o impacto das fusões bilionárias no futuro do cinema mundial.

A possível venda gerou apreensão entre profissionais e investidores do setor, já que envolve um dos nomes mais emblemáticos da história do entretenimento. A Warner, que já passou por gigantes como a AOL e a Time Warner, pode ter novos donos em breve, o que indicaria uma nova reconfiguração do poder em Hollywood, conforme informações do jornalista Pedro Siqueira, do Jovem Nerd. 

Fusão, resultados e o peso da gestão atual

Sob o comando do CEO David Zaslav, a Warner Bros. Discovery recuperou fôlego financeiro e criativo após anos de instabilidade. A estratégia combinou produções comerciais, como Barbie (2023) e Superman (2025), com apostas autorais de diretores consagrados, como Bong Joon Ho (Mickey 17), Ryan Coogler (Pecadores), Zach Cregger (A Hora do Mal) e Paul Thomas Anderson (Uma Batalha Após a Outra).

Esse equilíbrio entre lucro e prestígio consolidou a fase recente do estúdio, mantendo viva a tradição da Warner em apoiar grandes nomes do cinema. Ainda assim, analistas alertam que uma nova gestão pode alterar esse equilíbrio, priorizando apenas o retorno financeiro em detrimento da liberdade criativa que marcou a atual administração.

Disputa entre gigantes da tecnologia

Entre os possíveis compradores, nomes de peso surgem na disputa: Paramount, Apple, Amazon e Netflix. Cada uma delas carrega interesses distintos dentro do mercado audiovisual, mas especialistas apontam a Apple como a candidata mais estável. A empresa vem investindo pesado em conteúdo original para o Apple TV+, com produções premiadas como Ruptura e Ted Lasso, além de parcerias com diretores como Martin Scorsese, responsável por Assassinos da Lua das Flores (2023).

Filme: Assassinos da Lua das Flores (2023) / Divulgação

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Mesmo com as incertezas, o setor já reconhece que uma nova venda da Warner Bros. teria impacto direto na estrutura de Hollywood. A concentração de grandes estúdios sob o controle de poucos conglomerados de mídia pode reduzir a diversidade criativa e aumentar o poder de decisão das gigantes do streaming.