Uma pesquisa da Quaest, divulgada neste sábado (19), mostrou que 59% das menções sobre a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais manifestaram apoio à ação, enquanto 41% defenderam o ex-presidente. Foram analisadas cerca de 1,3 milhão de publicações entre 0h e 17h de sexta-feira (18).

O monitoramento revelou um pico de engajamento próximo às 10h de sexta-feira, com mais de 150 mil menções por hora. A metodologia adotada incluiu redes como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr e YouTube, além de plataformas de mensagens como WhatsApp, Telegram e Discord.

Dentre os apoiadores da operação, 10% associaram o episódio a temas como “censura” e “ditadura”, classificando a medida como excessiva diante da falta de condenação formal contra Bolsonaro. No outro lado, perfis alinhados à esquerda celebraram as medidas do STF, destacando a tornozeleira eletrônica como símbolo de justiça e usando expressões como “Grande dia” e “Bolsonaro na cadeia”.

A ação judicial, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, envolveu mandados de busca e apreensão, imposição de tornozeleira eletrônica e restrições como a proibição de acesso às redes sociais e o uso de passaporte. A pesquisa também indicou que o nome “Bolsonaro” foi cinco vezes mais buscado no Google do que a média de junho, e os termos “tornozeleira” e “Alexandre de Moraes” também registraram aumento nas buscas.

Além disso, o monitoramento em grupos de mensagens destacou que 32% das postagens críticas ao STF vieram de redes bolsonaristas.