Alckmin articula agro contra tarifa de 50% dos EUA
Ministro pede apoio do setor nas negociações com americanos
Por: Victor Hugo Ribeiro
15/07/2025 • 18:52 • Atualizado
O vice-presidente e ministro do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniu com representantes do agronegócio e da indústria após o debate da taxação de 50% dos EUA na importação de produtos brasileiros, nesta terça-feira (15).
No decorrer da segunda reunião do dia com o setor privado, Alckmin pediu a representantes do agro a participação do setor para reverter o tarifaço. “Uma das formas do agro participar das negociações é na relação com os congêneres americanos, já que compram de alguém de lá e vendem para alguém de lá”, relatou o ministro.
Ele ainda destacou a importância de se aliar com outros líderes. “Procuramos ouvi-los, pois são os setores com maior relação comercial com os Estados Unidos e empresas americanas”, comentou o vice, reafirmando o sobre o setor e suas principais produtividade e competitividade.
Participaram 19 representantes do agronegócio na sede do Mdic, em Brasília. Durante a manhã, foi realizada uma reunião entre representantes do governo brasileiro e líderes da indústria. Após o encontro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou à imprensa que há alinhamento entre o governo e o setor empresarial na busca por uma solução antes que entre em vigor a nova tarifação imposta pelos Estados Unidos, conforme divulgado pela Agência Brasil.
Alban destacou que os empresários brasileiros também irão intensificar o diálogo com o setor privado dos EUA, frisando que a imprevisibilidade é prejudicial, especialmente por envolver produtos perecíveis. Ele defendeu a negociação como o melhor caminho e afirmou que o Brasil não pretende tomar medidas de retaliação precipitadas.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, reforçou a confiança na atuação do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), afirmando que o setor dará total apoio para que um entendimento seja alcançado, beneficiando empresas de ambos os países.