Corte de R$ 1,5 bi afeta compra de livros escolares
Recursos seriam usados para maior compra de livros da história
Por: Gabriel Pina
13/06/2025 • 18:46 • Atualizado
O Governo Federal não terá verba suficiente para garantir a compra de todos os livros didáticos e literários previstos para 2025, gerando um déficit de cerca de R$ 1,5 bilhão para Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que previa a maior compra da história, com a aquisição de mais de 220 milhões de exemplares.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o valor para a compra do montante esperado de livros é estimado em cerca de R$ 3,5 bilhões. Entretanto, o programa teve o orçamento reduzido para 2,04 bilhões. Além disso, o jornal também relatou o atraso nas compras dos livros: parte do material, que deveria ter chegado às escolas públicas, entre os anos de 2022, 2023 e 2024, ainda não foi entregue.
Segundo Claudia Costin, ex-diretora de Educação do Banco Mundial e professora da FGV, a insuficiência de recursos é um sinal de alerta para o país.
"Por maior que seja a crise fiscal, algumas condições mínimas para o funcionamento das escolas precisam ser garantidas. É o caso dos livros. Os alunos terem os livros em mãos no início do ano letivo é uma condição básica para o ensino." afirmou Costin.
Em nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), afirmou que a previsão é que todos os livros sejam comprados ainda em 2025.
"A expectativa é que todas as compras sejam concluídas em 2025, garantindo o atendimento à rede pública de ensino dentro dos prazos previstos. FNDE e MEC atuam de forma integrada para assegurar a continuidade das políticas públicas educacionais, com foco em uma educação pública de qualidade, equitativa e inclusiva.", disse o órgão.
De acordo com o Ministério da Fazenda, sob a gestão de Fernando Haddad, estão previstos cortes de cerca de R$ 42,3 bilhões do orçamento do Ministério da Educação nos próximos cinco anos.