Redes sociais reagem contra julgamento de Bolsonaro no STF
Levantamento aponta 64% de críticas e mobilização no X
Por: Iago Bacelar
03/09/2025 • 13:00
O monitoramento da Quaest identificou que 64% das menções nas redes sociais nesta terça-feira (2) criticaram o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração ocorreu durante o início da análise do processo sobre a suposta trama golpista.
Hashtag #BolsonaroFree lidera menções
A hashtag #BolsonaroFree concentrou o maior volume de postagens contrárias ao julgamento. Entre as publicações, destacou-se a da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) no X (antigo Twitter), com alcance de 2.254.218. Ela afirmou que o processo contém irregularidades e defendeu a suspensão da análise.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) teve a segunda maior publicação no X, com 920.972 interações. Já no Instagram, uma postagem do portal Metrópoles, classificada como de teor neutro, ocupou a terceira posição, com 214.768 de alcance.
Mobilização favorável ao julgamento
As publicações em apoio ao julgamento corresponderam a 19% do total, segundo a Quaest. O instituto apontou que a baixa adesão ocorreu pela falta de coordenação na mobilização.
Entre as menções favoráveis, destacaram-se hashtags como #Bolsonarocondenado, “soberania é justiça” e #BolsonaroNaCadeia, mas de forma pulverizada.
Picos de buscas no Google
A Quaest registrou um aumento de buscas no Google relacionadas ao julgamento, com foco no interesse em acompanhar a sessão do STF.
Sobre a possível prisão domiciliar de Bolsonaro, foram contabilizadas 746 mil menções até 16h30 de terça. O número, apesar de expressivo, ficou abaixo do registrado em outros dois momentos: a operação da Polícia Federal contra Bolsonaro em 18 de julho, que somou 72 mil menções por hora, e a prisão domiciliar de 4 de agosto, que alcançou 51 mil por hora.
O julgamento no STF
O julgamento da trama golpista teve início nesta terça-feira na Primeira Turma do STF. O grupo avalia a situação de Bolsonaro e outros sete investigados que compõem o chamado núcleo crucial do processo.
Além de Bolsonaro, são réus Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor-geral da Abin), Almir Garnier Santos (almirante e ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do GSI), Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, além de delator), Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
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