Após 75 dias, greve dos professores de Salvador chega ao fim sob pressão da Justiça
Secretário de educação afirma que calendário escolar vai até janeiro de 2026
Por: Gabriel Pina
18/07/2025 • 17:03 • Atualizado
Após mais de dois meses, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) confirmou o fim da greve dos professores da rede municipal de Salvador. Desde o dia 6 de maio, a categoria anunciou a paralisação em virtude do não cumprimento do piso salarial dos professores de 2025 pela prefeitura da capital.
Em assembleia, os sindicalistas optaram por aceitar um acordo com a prefeitura. Na última quinta-feira (16), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou uma multa de R$ 30 mil por dia contra o líder da APLB, Rui Oliveira, que teve também seus bens bloqueados. Além disso, o TJ-BA determinou o desconto dos dias não trabalhados nos salários dos professores em paralisação.
De acordo com o secretário de Educação de Salvador, Thiago Dantas, a greve impactou mais de 131 mil alunos matriculados nas 415 unidades educacionais da capital. Como efeito, o Dantas afirma que o calendário letivo de 2025 vai ser estendido até janeiro de 2026.
"Sem dúvida, isso vai impactar no calendário, que tinha uma previsão de terminar na primeira quinzena de dezembro. Ele provavelmente vai se estender até janeiro para que a gente possa cumprir os 200 dias letivos e garantir as aprendizagens dos alunos no ano 2025 na rede municipal de Salvador", afirmou o secretário.
Ainda, Thiago confirmou que foi estabelecido o pagamento do piso nacional de R$ 4.867,77 para a categoria e mais 20% de gratificação, bem como a criação de novas vagas nos níveis 2, 3 e 4 da carreira dos profissionais.
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