EUA podem ampliar sanções e afetar setor financeiro do Brasil
Medida ganha força após operação da PF contra Bolsonaro
Por: Victor Hugo Ribeiro
18/07/2025 • 17:12 • Atualizado
Os Estados Unidos podem ampliar as sanções aplicadas ao Brasil, com a possibilidade de impactar o setor bancário e o mercado financeiro em geral, além de impedir que empresas brasileiras realizem transações comerciais com o país norte-americano. As informações vêm de fontes ligadas à Casa Branca.
De acordo com fontes, a medida é uma possibilidade concreta e ganhou força após a operação deflagrada nesta sexta-feira (18) contra Jair Bolsonaro. "Os EUA estão acompanhando de muito perto os desdobramentos no Brasil", afirmaram as fontes.
Já a operação que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente ocorre um dia depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta a Bolsonaro, na qual declara que seu aliado está sendo vítima de "ataques" de um "sistema injusto".
Posicionamento de Trump e Possíveis Consequências
"Este julgamento precisa parar imediatamente", diz o documento, referindo-se ao processo em que Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura um suposto plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022.
A carta de Trump foi divulgada em sua rede social, a Truth Social. No texto, o presidente norte-americano expressou "grande preocupação" com os ataques à liberdade de expressão "tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos", que, segundo ele, estariam sendo promovidos "pelo atual governo".
Trump tem criticado frequentemente o STF e, em particular, o ministro Alexandre de Moraes, em relação à condução do inquérito sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
"Tenho manifestado fortemente minha desaprovação, tanto publicamente quanto por meio de nossa política tarifária", declarou Trump na carta.
O Tarifaço
Os EUA anunciaram recentemente a imposição de tarifas de 50% a produtos brasileiros. A medida foi respondida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu retaliar com base na chamada “lei da reciprocidade” comercial, já em vigor.
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