A médica Daniele Barreto, acusada de participação na morte do marido, o advogado José Lael, foi encontrada morta nesta terça-feira (9), poucas horas após retornar ao presídio em Sergipe. O episódio acontece em meio à forte repercussão do caso, que já mobilizava autoridades, familiares e a opinião pública no estado.

Segundo informações preliminares, Daniele havia passado por uma audiência de custódia no mesmo dia. Antes disso, ela estava internada em uma clínica de repouso, sob acompanhamento médico, devido a alegados problemas de saúde. Com a decisão judicial, foi reconduzida ao sistema prisional, mas pouco tempo depois acabou localizada sem vida dentro da unidade.

O caso chama ainda mais atenção por se somar à gravidade das acusações que pesavam contra ela. Daniele respondia pela suposta participação na morte do companheiro, o advogado José Lael, em circunstâncias que ainda estão sob investigação. A prisão preventiva havia sido decretada justamente pela gravidade das denúncias e pela necessidade de garantir a apuração do crime.

A morte repentina da médica levanta questionamentos sobre as condições de custódia no sistema prisional sergipano, além de reacender o debate em torno do acompanhamento de presos que apresentam fragilidade física ou emocional. Autoridades informaram que será instaurado um procedimento para apurar as circunstâncias do ocorrido e se houve falhas na assistência prestada à médica após seu retorno à prisão.

Familiares e colegas próximos lamentaram o desfecho trágico. Já entre especialistas e representantes da sociedade civil, o caso deve reforçar discussões sobre a responsabilidade do Estado em assegurar a integridade física e psicológica de detentos, mesmo quando acusados de crimes graves.

Enquanto isso, o processo referente à morte de José Lael segue em andamento, e a morte de Daniele pode impactar diretamente a linha de investigação e as estratégias jurídicas das partes envolvidas.