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Como reduzir riscos de ataques de cães durante os passeios com pets

Especialistas explicam como evitar conflitos entre cães durante os passeios

Por: Iago Bacelar

18/07/202516:00

Casos recentes de ataques de cães a outros animais acenderam um alerta entre os tutores e colocaram em pauta a importância da prevenção. Especialistas apontam que é possível evitar essas situações a partir da observação do comportamento do pet e da condução correta em espaços públicos.

Como reduzir riscos de ataques de cães durante os passeios com pets
Foto: Reprodução/IA

Segundo a adestradora Laís Deleon, é essencial que o tutor conheça o temperamento do animal e esteja atento a possíveis sinais de estresse ou desconforto com estímulos do ambiente. O adestramento comportamental, em alguns casos, pode ajudar a melhorar a convivência entre espécies e evitar incidentes.

A educadora de animais Erika Heidenreich também alerta que alguns sinais corporais podem antecipar ataques. Entre os mais comuns estão rosnados, olhar fixo e cabeça baixa. Esses indicativos são especialmente importantes durante a aproximação de outros cães ou pessoas.

Ações durante um ataque fazem diferença

Em situações de ataque ou risco iminente, a orientação da Polícia Militar é manter a calma. Correr, por exemplo, pode ser interpretado pelo animal como um estímulo de caça, agravando a situação.

Além disso, não é indicado agredir o cão ou jogar água durante o ataque, pois isso pode provocar ainda mais estresse e tornar a contenção mais difícil. A recomendação é buscar proteger o pet com objetos intermediários e pedir ajuda, se possível.

Equipamentos adequados contribuem para a segurança

Tutores também devem utilizar equipamentos apropriados nos passeios. A coleira e a guia curta, proporcionais ao porte do animal, são essenciais. Em algumas situações, o uso da focinheira pode ser necessário, principalmente se o cão já demonstrou comportamento agressivo anteriormente.

Segundo Laís Deleon, "essas ações não são apenas para proteção do outro, mas também para o bem-estar do próprio pet, que pode se envolver em uma situação que comprometa sua saúde ou segurança", explicou.

Estados brasileiros criam leis para prevenir incidentes

Alguns estados têm legislação específica para a condução de cães em espaços públicos, com foco na prevenção de ataques. Em Mato Grosso do Sul, a Lei nº 2.990 determina que os cães sejam conduzidos com coleira e guia curta. A utilização de focinheira é uma escolha do tutor, mas a responsabilidade pelos danos causados em ataques públicos é clara na legislação.

Em Santa Catarina, foi aprovado um decreto que complementa a Lei Nº 14.204 e impõe diretrizes específicas para a criação de cães da raça pit bull e derivadas. Entre os pontos determinados estão restrições de circulação e permanência em locais públicos, com exigência de condutor maior de 18 anos, uso de guia com enforcador e focinheira adequada ao tipo físico do animal.

Orientações ajudam a garantir segurança dos tutores e dos animais

A prevenção passa por conhecimento, atenção e respeito à legislação. Manter a calma, entender os sinais de um cão prestes a atacar e conduzir corretamente o pet podem ser determinantes para evitar acidentes.

Dicas práticas incluem:

  • Observar sinais como rosnado, olhar fixo e cabeça baixa

  • Evitar correr ou reagir de forma brusca durante um ataque

  • Usar coleiras, guias curtas e, se necessário, focinheira

  • Estar atento às leis do seu estado sobre condução de cães

  • Buscar adestramento profissional em casos de comportamento agressivo

Com atenção às boas práticas de convivência e ao comportamento animal, tutores conseguem garantir passeios mais tranquilos para seus pets e para quem compartilha os mesmos espaços.