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“Ansiedade é inimiga do prazer”, alerta sexóloga em entrevista ao Portal Esfera no Rádio

Eliana Abreu fala sobre tabus, atividade física, reposição hormonal e desafios dos casais na vida sexual

Por: Lorena Bomfim

08/09/202513:41

A sexóloga Eliana Abreu participou de uma entrevista no programa Portal Esfera no Rádio e respondeu a diversas perguntas sobre sexualidade, ansiedade e saúde sexual. Durante a conversa, ela destacou os fatores que mais interferem no desempenho sexual de homens e mulheres, além de comentar sobre tabus e mitos ainda presentes no tema.

“Ansiedade é inimiga do prazer”, alerta sexóloga em entrevista ao Portal Esfera no Rádio
Foto: Dalmir Campos

Segundo Eliana, a ejaculação precoce pode ser considerada uma disfunção sexual e, nesses casos, há tratamentos disponíveis que podem envolver medicamentos e terapia. Ela reforça que a ansiedade é uma das principais inimigas da vida sexual:

“O cortisol elevado, fruto da ansiedade, prejudica o ato sexual. Se a pessoa entra em uma relação cheia de preocupações com trabalho, dívidas ou falta de sono, dificilmente terá prazer”, explicou.

A especialista também ressaltou o impacto negativo das expectativas criadas pelos filmes pornográficos, que apresentam cortes e situações irreais:

“Ali é fantasia, não é realidade. Infelizmente, muitas pessoas acabam criando padrões inalcançáveis baseados nesses conteúdos”, observou.

Atividade física e sexualidade

Eliana destacou que a prática de exercícios físicos influencia diretamente na disposição e no bem-estar, refletindo positivamente na vida sexual. Para os homens, especialmente, a musculação pode favorecer o aumento da testosterona, hormônio essencial para o desempenho sexual.

Envelhecimento e reposição hormonal

A sexóloga lembrou que a sexualidade acompanha o ser humano ao longo da vida, mas sofre mudanças naturais com o tempo. Para algumas pessoas, a partir dos 40 anos, já é possível perceber sinais de alteração no desejo e no desempenho.

Nas mulheres, a menopausa geralmente surge entre os 43 e 45 anos, e a reposição hormonal pode ser indicada pelo ginecologista. Já para os homens, Eliana alerta para o uso indiscriminado de medicamentos como a tadalafila, comumente utilizados sem prescrição médica:

“É preocupante ver jovens recorrerem à tadalafila por insegurança no desempenho sexual. Esse medicamento é indicado para homens em situações específicas e não deve ser utilizado sem orientação médica, muito menos misturado a bebidas como energético e álcool”, frisou.

Frequência sexual e terapia de casal

Questionada sobre a baixa frequência sexual nos relacionamentos, Eliana explicou que não existe um número exato que defina normalidade, mas sim a satisfação mútua entre os parceiros.

Entre os fatores que podem prejudicar a vida sexual dos casais, ela citou a falta de comunicação, problemas de saúde e a acomodação após o casamento:

“Muitos casais acabam guardando o sexo na gaveta. A criatividade, o diálogo e, quando necessário, a terapia, são fundamentais para manter uma vida sexual saudável e prazerosa ao longo dos anos”, concluiu.