“Uma bomba no organismo”: sexóloga alerta sobre uso indevido de Tadalafila
Dra. Eliana Abreu fala sobre riscos do medicamento, tabus da sexualidade e a importância da educação sexual
Por: Redação
08/09/2025 • 12:00 • Atualizado
Na edição desta segunda-feira (8) do programa Portal Esfera no rádio, o apresentador Luis Ganem recebeu a sexóloga Dra. Eliana Abreu (@elianaabreu_) para um bate-papo esclarecedor sobre sexualidade.
Com linguagem acessível e sem rodeios, a sexóloga abordou desde suas experiências pessoais até temas mais técnicos como o uso indevido de medicamentos como a Tadalafila, popularmente conhecida como “viagra genérico”.
“Tem pessoas que utilizam a Tadalafila com frequência, tomam com cerveja. E tem aquelas que usam por recomendação médica, que é o ideal. Agora, quem tem cardiopatia ou problemas cardíacos e faz uso sem acompanhamento do cardiologista, especialmente associado ao álcool, corre sério risco. Pode virar uma verdadeira bomba atômica no próprio organismo”, alertou Dra. Eliana.
Durante a entrevista, a médica também compartilhou episódios marcantes de sua infância que moldaram sua visão sobre a sexualidade. “Meus pais nunca falaram sobre sexualidade. Minha mãe escondia um livro sobre sexo na estante. Eu, curiosa, peguei o livro e levei pra escola. Reuni meus colegas e disse: ‘Hoje a gente vai aprender sobre sexo’. E eu nem sabia o que era”, relembrou.
Esse despertar precoce a levou à decisão de se tornar sexóloga ainda na graduação em Psicologia. “Sempre admirei a Marta Suplicy, que era referência na área. Queria muito trabalhar com pessoas que têm dificuldades em lidar com sua sexualidade e com a saúde sexual. E hoje vejo o quanto essa missão é necessária.”
Outro ponto debatido foi a individualidade do desejo sexual. Segundo a sexóloga, o desejo não segue uma fórmula única. “Uma pessoa que dorme bem, se alimenta direito e pratica atividade física pode estar mais disposta sexualmente. Mas, se o parceiro tem uma rotina diferente, enfrenta estresse ou problemas de saúde, isso pode afetar o desejo. A frequência ideal do sexo varia de pessoa para pessoa, não existe um padrão.", finalizou a sexóloga.
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