Anvisa nega ligação entre casos de autismo com o uso de paracetamol
Pronunciamento acontece após falas de Trump que associavam transtorno ao uso do remédio
Por: Redação
24/09/2025 • 17:46
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, nesta quarta-feira (24), que não há registros no Brasil de casos de autismo em crianças ligados ao uso de paracetamol por pessoas gestantes. O tema ganhou força nesta semana, após uma declaração feita pelo presidente Donald Trump que fez ligação entre o uso do medicamento Tylenol, que tem o paracetamol como princípio ativo, durante a gravidez, e o aumento do risco de desenvolvimento da doença em bebês.
O paracetamol é um medicamento registrado no Brasil, indicado para reduzir a febre e aliviar dores leves a moderadas, como dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais e dores associadas a resfriados. Não há registros no país de notificações de suspeitas de eventos adversos que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez a casos de autismo, destacou o comunicado feito pela Anvisa.
Por fim, a Agência Sanitária reforça que, assim como qualquer medicamento, o uso do paracetamol deve ser feito com orientação de profissionais de saúde, como médicos ou farmacêuticos, para garantir sua eficácia e prevenir efeitos indesejados.
Ainda nesta semana, a Organização Mundial da Saúde também se pronunciou sobre o assunto, alertando que não há evidências científicas conclusivas que liguem o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo, destacando que as causas exatas para o transtorno ainda não foram estabelecidas ao certo, uma vez que há múltiplos fatores que podem estar envolvidos.
Além das falas sem comprovação científica sobre o medicamento, o discurso de Trump também colocou em dúvida a vacinação infantil, alegando que bebês seriam submetidos a doses excessivas de vacinas.
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