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ONU faz alertas sobre o número de crianças não vacinadas

Mais de 14 mi de crianças não foram vacinadas

Por: Gabriel Pina

16/07/202517:30

Segundo dados recentes divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 20 milhões de crianças deixaram de receber pelo menos uma dose da vacina tríplice bacteriana (DTP) no ano passado, sendo que 14,3 milhões nunca foram imunizadas contra nenhuma doença

Criança fofo tomando vacina sem chorar
Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab

O número supera em 4 milhões a meta estabelecida para 2023 no âmbito da Agenda de Imunização 2030, um plano global que visa garantir a vacinação equitativa e de qualidade.

Apesar disso, cerca de 115 milhões de crianças receberam pelo menos uma dose do imunizante, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, enquanto aproximadamente 109 milhões completaram o esquema de três doses. 

Ainda segundo o levantamento, os 26 países afetados por crises humanitárias, instabilidade política ou conflitos abrigam metade de todas aquelas que não receberam nenhuma vacina, tendo o número de crianças não vacinadas saltando de 3,6 milhões para 5,4 milhões entre 2019 e 2024.  

Os dados revelam também que poucas nações avançaram significativamente na ampliação da cobertura vacinal ao público infantil, onde 47 países registraram estagnação ou retrocesso, incluindo 22 que haviam superado a marca de 90%, mas depois viram suas taxas caírem.  

Apesar dos desafios, algumas iniciativas têm apresentado resultados positivos. Cerca de 57 países de baixa renda apoiados pela Gavi, Aliança para Vacinas, reduziram em cerca de 600 mil o número de crianças não vacinadas ou com esquema incompleto. 

Entre os avanços, destaca-se a ampliação da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), com cobertura global subindo de 17% em 2019 para 31% em 2024, ainda distante da meta de 90% até 2030. 

A imunização contra o sarampo também apresentou leve melhora, com 84% das crianças recebendo a primeira dose e 76% a segunda, mas ainda abaixo dos 95% necessários para evitar surtos.