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"Mulheres buscam cirurgias íntimas por autoestima", diz ginecologista

Especialista explica crescimento de procedimentos e impacto na confiança feminina

Por: Marcos Flávio Nascimento

24/10/202515:00Atualizado

No programa Portal Esfera no Rádio, transmitido pela Itapoan FM (97,5) nesta sexta-feira (24) e  apresentado por Luis Ganem, a ginecologista Fernanda Medeiros, especialista em cirurgia íntima e saúde da mulher, falou sobre o crescente número de mulheres que recorrem a procedimentos estéticos na região íntima.

Foto "Mulheres buscam cirurgias íntimas por autoestima", diz ginecologista
Foto: Pedro Henrique / Portal Esfera

Segundo a médica, a principal motivação dessas pacientes é a autoestima e a segurança com o próprio corpo.

“Recebo mulheres de todas as idades, desde jovens de 20, 25 anos até maduras de 50, 60, que apresentam alterações anatômicas nos lábios internos ou no clitóris. Elas relatam que sempre sofreram com desconforto e vergonha, seja ao usar biquíni ou roupa de ginástica. A cirurgia vem como realização pessoal, não por pressão de parceiros, afirmou.

Realização pessoal e impacto na autoestima

Fernanda reforçou que muitas mulheres casadas procuram os procedimentos, desmistificando a ideia de que cirurgias íntimas seriam apenas para impressionar novos parceiros. “A maioria das pacientes que opero diz que a decisão não tem relação com o parceiro. Elas saem do consultório mais firmes, seguras e felizes, com um impacto positivo direto na autoestima”, explicou.

A especialista destacou que, embora casos de influência de parceiros existam, são exceções. “Já recebi paciente que buscava reconstrução do hímen a pedido do parceiro, mas situações assim são tóxicas e indicam que há algo errado que precisa ser trabalhado. Na grande maioria dos casos, a motivação é totalmente pessoal”, completou.

Cirurgias íntimas em alta

O aumento de procedimentos estéticos na região íntima acompanha uma tendência de valorização do bem-estar e da saúde emocional das mulheres, reforçando a ideia de que saúde sexual envolve autoestima, segurança e satisfação pessoal. Segundo Fernanda, cuidar da própria anatomia é uma decisão de autocuidado que não deve ser confundida com pressão social ou masculina.