A partir de dezembro, o Bradesco vai encerrar a emissão de cheques para clientes pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs). A decisão marca uma nova etapa na digitalização dos serviços bancários e mantém o uso do cheque apenas para contas corporativas.

Fim dos cheques e avanço dos meios digitais

A mudança acompanha a forte queda no uso desse meio de pagamento no Brasil, que despencou 96% desde 1995, passando de 3,3 bilhões para 137 milhões de compensações anuais. O movimento reflete a consolidação do Pix como principal forma de transferência entre brasileiros, impulsionando o abandono de métodos tradicionais.

Segundo o banco, a decisão segue a preferência dos clientes por soluções digitais, mais rápidas e seguras, como Pix, TED e transferências eletrônicas. Quem ainda possui folhas de cheque poderá utilizá-las até o fim, respeitando os prazos normais de compensação.

Pix se consolida como principal forma de pagamento

Desde o lançamento pelo Banco Central em 2020, o Pix transformou a forma como os brasileiros lidam com dinheiro. Somente no segundo trimestre de 2025, o sistema registrou 19,4 bilhões de operações, movimentando cerca de R$ 84 bilhões, enquanto os cheques somaram R$ 173,3 milhões no mesmo período.

Com mais de 150 milhões de usuários ativos, o Pix se consolidou como ferramenta universal de pagamento, disponível 24 horas por dia e sem restrição de horário bancário. A decisão do Bradesco, portanto, reforça uma tendência: o futuro das transações financeiras no país é totalmente digital.