Terras-raras: o tesouro nacional que desperta interesse dos EUA
Conjunto mineral é essencial para setores tecnológicos e militares
Por: Gabriel Pina
28/07/2025 • 21:00
Com a China controlando cerca de 80% do mercado global de terras-raras, os Estados Unidos intensificam os esforços para diversificar suas fontes de abastecimento desses minerais estratégicos. Nesse cenário, o Brasil desponta como uma alternativa promissora para suprir a demanda norte-americana.
As terras-raras (um grupo de 17 elementos químicos) são fundamentais para tecnologias verdes, como turbinas eólicas, veículos elétricos e painéis solares, além de serem indispensáveis para a indústria de defesa, sendo utilizadas em mísseis, sistemas de radar e equipamentos de comunicação militar.
O Brasil possui uma das maiores reservas conhecidas desses minerais, com depósitos significativos nos estados do Amazonas, Pará e Goiás. Este último abriga o complexo carbonatítico de Serra Verde, recentemente reconhecido como uma das jazidas mais promissoras do mundo.
Apesar de o governo federal sinalizar abertura para investimentos estrangeiros na extração de terras-raras, especialistas defendem que o país estabeleça previamente diretrizes ambientais e tecnológicas para garantir a exploração sustentável e a proteção do patrimônio nacional.
A Casa Branca já expressou interesse em firmar “parcerias estratégicas” com o Brasil no setor, o que pode abrir um novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países. No entanto, o desafio será equilibrar os interesses econômicos com a preservação da soberania nacional e de biomas sensíveis, como a Amazônia, onde parte das reservas está situada.
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