Bolsonaro pode ser preso nesta sexta (22) caso não explique pedido de asilo à Milei
Advogados têm até às 20:34 para explicar possivel plano de fuga
Por: Gabriel Pina
22/08/2025 • 10:09 • Atualizado
Até às 20:34 de hoje (22), no horário de Brasília, a defesa de Jair Messias Bolsonaro deverá dar explicações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre um possível plano de fuga, por meio documento de pedido de asilo político à Argentina encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-presidente. Caso a defesa não apresente uma alegação a Moraes, Bolsonaro poderá ser preso.
Segundo o relatório da PF, o ex-chefe da Casa Civil e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, teriam cometido crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos Poderes constitucionais.
Nesse sentido, um oficial da justiça intimou, por meio do WhatsApp, um dos advogados do ex-presidente a dar explicações sobre os indícios de que Bolsonaro desrespeitou restrições impostas pela Corte e voltou a adotar condutas ilícitas.
Na noite da última quarta-feira (20), Moraes determinou que a defesa explicasse o caso. “Diante de todo o exposto, intime-se a defesa de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, destaca o trecho da decisão do ministro do STF.
O episódio soma mais um descumprimento de Bolsonaro às medidas judiciais brasileiras. No dia 21 de julho, Alexandre de Moraes fez outro pedido de esclarecimento da defesa do ex-presidente sobre a quebra de uma das medidas cautelares. Na época, Jair deu declarações à imprensa, após uma reunião na sede do Partido Liberal (PL).
Em resposta, os advogados do ex-presidente alegaram que a determinação de Moraes não havia sido clara sobre o que Bolsonaro poderia fazer. O ministro então aceitou a argumentação, mas alertou que, caso houvesse novo descumprimento, então seria determinada a prisão.
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