Eduardo Bolsonaro reage à proibição de Alexandre de Moraes
Filho do ex-presidente falou que "o máximo que Moraes pode fazer é prender meu pai"
Por: Iago Bacelar
18/07/2025 • 11:03 • Atualizado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18) uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou a ser alvo de um novo mandado de busca e apreensão da Polícia Federal. A decisão inclui o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, bloqueio das redes sociais e a proibição de contato com investigados, incluindo o próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
A proibição de contato entre Bolsonaro e Eduardo foi alvo de críticas públicas dos filhos do ex-presidente. Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos em licença do cargo, associou a ação da Polícia Federal a uma carta enviada na quinta-feira (17) por Donald Trump, ex-presidente americano, em defesa de Bolsonaro.
"Alexandre de Moraes redobrou a aposta e depois do vídeo de Bolsonaro para Trump ontem", escreveu Eduardo, fazendo referência ao vídeo em que o pai agradece os elogios de Trump. Na gravação, Bolsonaro elogia o americano e afirma que vem sofrendo perseguição política no Brasil. Na sequência, Eduardo citou as medidas cautelares, destacando que seu pai está proibido de falar com ele, com outros filhos e com aliados políticos.
“Preparei-me para este momento, por isso lhes digo: o máximo que Moraes pode fazer é prender meu pai, mas nem isso irá me fazer parar de lutar pelo meu país, meu povo e nossa liberdade.”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também reagiu à decisão e classificou a medida como "covarde". Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou que "proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes".
Segundo o senador, a decisão judicial se assemelha a uma "inquisição", onde, segundo ele, "a capa do processo é a principal prova". Para Flávio, Moraes estaria motivado por rancor e estaria tomando medidas desnecessárias. Ele ainda afirmou que acredita na força política do pai diante da situação. "Vai sair ainda maior e mais forte de tudo isso, pra liderar o resgate do nosso Brasil", escreveu.
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