Logo
Menu

Política

Buscar

Moraes reage a ataques e inclui postagens de Eduardo Bolsonaro em inquérito do STF

Ministro manda anexar posts e entrevistas feitas após restrições a Bolsonaro na investigação

Por: Layra Mercês

19/07/202511:38

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (19/7) a inclusão de conteúdos publicados por Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, ao inquérito que investiga a atuação de grupos acusados de tentar desestabilizar o Estado Democrático de Direito. A decisão ocorre após o parlamentar intensificar declarações públicas nas redes sociais e entrevistas, criticando o Judiciário brasileiro.

Alexandre de Moraes e Eduardo Bolsonaro
Foto: Reprodução Chat GPT

Os materiais anexados ao processo incluem postagens recentes de Eduardo, feitas depois que o STF impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso às redes sociais. O inquérito, de número 4.995, apura a possível tentativa de obstrução de investigações e a suposta participação de Eduardo em ações contra instituições democráticas.

Entre as publicações adicionadas aos autos, destaca-se uma montagem irônica em que Moraes aparece com orelhas do personagem Mickey Mouse, em alusão às recentes sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro e outros integrantes da Suprema Corte.

Crise diplomática com os EUA

As publicações ganharam ainda mais repercussão após o anúncio feito por Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, que ordenou a revogação dos vistos de Moraes, de seus familiares e de ministros aliados. A medida, segundo o Departamento de Estado, está respaldada em dispositivo legal que permite barrar a entrada de estrangeiros que possam representar risco à política externa norte-americana.

De acordo com o governo dos EUA, a decisão foi motivada pelas ações do magistrado contra Jair Bolsonaro, consideradas como violações a direitos civis e liberdades individuais, com impactos inclusive fora do Brasil.

A medida acirra a tensão entre o Judiciário brasileiro e setores da política internacional, num momento em que as decisões da Suprema Corte têm sido alvo de críticas por aliados do ex-presidente.