O município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, registrou no último sábado (19) a menor temperatura do estado, com 9,9 ºC durante a madrugada, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Apesar do frio intenso no início do dia, a cidade também sofreu forte calor horas depois, atingindo 33,4 ºC, o que a colocou entre as mais quentes da Bahia no mesmo período.

Esse contraste térmico é resultado de uma grande amplitude térmica, que é a variação entre a temperatura mínima e máxima em um intervalo de 24 horas, que superou os 23 ºC. O acontecimento não é incomum nas regiões do interior baiano durante o inverno, que teve início em 20 de junho e segue até 22 de setembro.

A ausência da maritimidade (fator climático que regula as temperaturas nas cidades litorâneas por meio da influência dos oceanos) contribui para esse cenário. Sem uma ação moderadora da umidade e dos ventos marítimos, os municípios localizados no interior do estado são mais suscetíveis a oscilações bruscas de temperatura ao longo do dia.

Além de Luís Eduardo Magalhães, Correntina também se destacou com temperaturas extremas: 11 ºC pela manhã e 33,4 ºC no pico do calor. Já em Barreiras, outra cidade da mesma região, as tarifas variaram entre 13,1 ºC e 34,6 ºC. O comportamento climático reforça a tendência observada no oeste baiano, onde a importância e a distância do litoral favorecem essa flutuação.

No inverno de 2023, Vitória da Conquista chegou a registrar 6,5 ºC, marcando uma das temperaturas mais baixas desde o início das funções oficiais em 1976 pela estação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A ocorrência de temperaturas tão baixas reforça a característica singular do clima em regiões mais elevadas e afastadas do mar no estado.