A postura “bastante hostil” do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, com Donald Trump, mandatário dos Estados Unidos, foi vista como negativa. Segundo ele, o país sul-americano não teve controle sobre a produção de drogas em seu país, o que, por consequência, poderia colocar a nação colombiana como a próxima a esbarrar com a pressão americana na América Latina. 

"Ele vai ter sérios problemas se não se ligar. A Colômbia produz muita droga, eles têm fábricas de cocaína. Eles fabricam cocaína, como você sabe, e vendem direto para os Estados Unidos. (...) Então é melhor ele se ligar ou será o próximo. E eu espero que ele esteja ouvindo, porque ele vai ser o próximo", avaliou Trump, durante pronunciamento em um evento na Casa Branca nesta quarta-feira (10).

Ciente do anúncio, Petro rechaçou, em reunião de gabinete, a trocação e indicou que o republicano desconhece as medidas que o país tomou para combater o narcotráfico, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil. 

"Trump está muito mal informado sobre a Colômbia. É uma vergonha, porque ele desconsidera o país que mais entende de tráfico de cocaína; parece que seus interlocutores o estão enganando completamente", considerou.

Para justificar a resposta, Petro expôs a apreensão de 2.700 toneladas de cocaína durante seu mandato, que se encerrará em agosto de 2026: 

“Não espero mais ser convidado a Washington, mas sim que Trump venha à Colômbia para ver o que é um laboratório de cocaína, como nove são destruídos todos os dias e como apreendemos dezenas de toneladas de drogas.”