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Operação resulta na prisão de traficantes de aves silvestres

Ação no sul do estado apreendeu mais de 1,5 mil pássaros e expõe lucros de até R$ 80 mil por animal

Por: Redação

05/09/202513:29Atualizado

Um homem foi preso nesta sexta-feira (5), em Salvador, suspeito de liderar um dos maiores esquemas de tráfico de animais silvestres do Brasil. A prisão ocorreu durante a Operação Fauna Protegida, coordenada pelo Ministério Público da Bahia, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, em Salvador e no município de Mascote, no extremo sul do estado.

Foto Operação resulta na prisão de traficantes de aves silvestres
Foto: Foto: Divulgação/Polícia Militar

De acordo com as investigações, o suspeito comandava uma organização criminosa de alcance interestadual, responsável pelo comércio ilegal de centenas e até milhares de animais. Entre eles estavam espécies como estevão, canário, chorão, papa-capim e trinca-ferro. Há registros de pássaros vendidos por até R$ 80 mil.

Com mais de 20 anos de atuação no tráfico, o homem já havia sido flagrado transportando 1.575 pássaros e centenas de jabutis, mas esta é a primeira vez que é preso por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Durante a operação, também foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra dois dos principais fornecedores do grupo, além de quatro mandados de busca e apreensão em residências ligadas aos envolvidos. Em um dos locais, dezenas de aves foram encontradas em situação de maus-tratos, criadas para competições ilegais de rinha.

As investigações apontam que a organização possuía estrutura complexa, com núcleos distintos: caçadores e fornecedores, responsáveis pela captura e acondicionamento precário dos animais; transportadores, que os levavam até os pontos de venda; operadores financeiros, que movimentavam os recursos ilícitos; e distribuidores e receptadores, principalmente em Salvador, que revendiam os animais para ostentação.

A operação contou com a participação das Promotorias Regionais Ambientais de Ilhéus e Itabuna, Gaeco, além do Ministério Público de Alagoas e diversas unidades da Polícia Militar. A ação também está alinhada ao projeto Libertas, de âmbito nacional, que busca fortalecer o combate ao tráfico de fauna silvestre por meio da articulação entre estados, capacitação de agentes e compartilhamento de informações sobre crimes ambientais.