Polícia investiga violação de lacre e sumiço de itens em Feira de Santana
Estabelecimento interditado por falsificação teve lacre violado e mercadorias reduzidas
Por: Redação
09/12/2025 • 10:35
A Polícia Civil da Bahia investiga a possível retirada de mercadorias de uma loja lacrada na Avenida Getúlio Vargas, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. O estabelecimento havia sido interditado pela Prefeitura após a Operação Contraface, realizada na última quinta-feira (4), que identificou a venda de itens falsificados. A inauguração estava prevista para dois dias depois.
Segundo informações confirmadas pela polícia nesta segunda-feira (8), equipes da 1ª Coordenadoria Regional (Coorpin) e da 2ª Delegacia Territorial retornaram ao local após receberem denúncia de violação do lacre e movimentação suspeita no imóvel. A ação contou com apoio da Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz) e de fiscais do município.
Ao chegarem à loja, os policiais constataram que o lacre municipal havia sido rompido, embora não houvesse sinais de arrombamento. Também observaram que a vitrine exibia menos produtos do que no dia da interdição. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para verificar se houve acesso irregular.
A perícia preliminar não identificou danos na fechadura, mas a entrada das equipes confirmou a redução significativa das mercadorias, reforçando a suspeita de retirada de itens. Diligências adicionais incluíram a análise de câmeras de segurança da região, que registraram a circulação de veículos com reboques nas proximidades, sugerindo a remoção de produtos após o fechamento do comércio.
A Polícia Civil destacou que, na operação inicial, atuou exclusivamente para confirmar a falsificação de mercadorias e recolher amostras para análise. O lacre, por sua vez, foi aplicado pelo município devido à ausência de alvará.
As investigações seguem para identificar os responsáveis pela movimentação dentro da loja e apurar possíveis crimes.
R$ 2 milhões em produtos falsificados
O delegado Yves Correia, diretor da Diretoria Regional do Interior Leste (Dirpin), informou que a loja mantinha cerca de R$ 2 milhões em mercadorias falsificadas e funcionava sem CNPJ e sem alvará. Máquinas de cartão também foram apreendidas.
Durante a operação, Correia relembrou o artigo 184 do Código Penal, que trata de crimes contra a propriedade intelectual. “Isso logicamente atenta contra a propriedade material”, afirmou. Segundo ele, todas as peças, da vitrine ao estoque, eram falsificadas.
A gerente do estabelecimento foi conduzida à delegacia, enquanto o responsável pelo negócio ainda não foi identificado. A ação contou com participação da Sefaz e de Cristina Oliveira, representante das marcas originais lesadas.
Cristiane reforçou que os itens apreendidos não têm qualquer relação com os fabricantes legítimos. “A matéria-prima é completamente diferente, a qualidade é muito inferior”, explicou. Ela alertou consumidores a ficarem atentos a preços muito abaixo do mercado, que podem indicar produtos falsificados.
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