Quatro policiais militares tiveram as prisões preventivas cumpridas nesta sexta-feira, 12, após serem acusados de executar Josimar Pereira dos Santos em fevereiro deste ano no povoado de Poções, em Cruz das Almas. As detenções ocorreram em Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Salvador, Feira de Santana e Sapeaçu, por determinação da Vara Crime da comarca.

Logo depois das prisões, veio a confirmação de que os agentes, lotados na 27ª CIPM, foram denunciados pela 1ª Promotoria de Justiça de Cruz das Almas. Além das capturas, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços pessoais e profissionais dos suspeitos, resultando na coleta de celulares, equipamentos eletrônicos, munições e outros itens.

O caso

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, os policiais registraram a morte de Josimar como resultado de uma suposta resistência armada. No entanto, elementos periciais e relatos colhidos ao longo da investigação derrubam essa versão e apontam que a vítima foi executada pelos agentes.

Em meio às apurações, surgiu o relato de que Josimar estava em um bar com amigos após uma partida de futebol quando a guarnição chegou ao local. Na abordagem, algumas pessoas foram revistadas do lado de fora enquanto outras eram conduzidas para dentro do estabelecimento. Nesse momento, Josimar foi levado para os fundos do bar, onde acabou baleado e morto.

Apurações sobre fraude

Conforme detalhado pela SSP, os PMs tiraram fotos e registraram dados pessoais dos presentes, fazendo ameaças para que ninguém relatasse o que realmente ocorreu. Posteriormente, retiraram o corpo de Josimar do local e apresentaram armas e drogas que teriam sido “encontradas” com ele, configurando indícios de fraude processual.

As investigações continuam e os policiais aguardam os próximos desdobramentos do processo atrás das grades.