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Dinheiro em espécie perde espaço e Pix vira líder absoluto

evantamento do Google mostra que brasileiros adotaram pagamentos digitais pela praticidade, segurança e isenção de taxas

Por: Lorena Bomfim

23/07/202510:00

O dinheiro em espécie está cada vez mais raro no bolso dos brasileiros. Segundo a pesquisa “Pagamentos em Transformação: Do Dinheiro ao Código”, realizada pelo Google, o mundo vive uma verdadeira “Era Cashless” — ou seja, uma era sem dinheiro físico — marcada pela crescente substituição do papel-moeda por transações eletrônicas.

Imagem do Pix
Foto: Foto: Divulgação/BC

No Brasil, esse movimento ganhou força com o aumento da bancarização, iniciado em 2011 com o fim do duopólio entre Visa e Mastercard. A abertura do mercado permitiu a entrada de novos players no setor de pagamentos, criando um ambiente mais acessível e competitivo.

A pandemia também teve papel decisivo: o pagamento do auxílio emergencial levou milhões de pessoas a abrirem contas bancárias para receber o benefício, impulsionando o uso de meios digitais.

De lá pra cá, o uso de dinheiro físico caiu drasticamente: em 2019, 43% das transações eram feitas em espécie. Em 2024, esse número despencou para apenas 6%. O Pix, criado pelo Banco Central, tornou-se o meio de pagamento mais utilizado no país, respondendo por 47% do volume de transações no final de 2024.

A popularidade do sistema é impressionante: 93% da população adulta já utilizou o Pix, sendo a forma de pagamento preferida por 62% dos entrevistados. Para Thais Melendez, líder de insights estratégicos do Google, o sucesso é explicado pela percepção de praticidade: “O consumidor enxerga o Pix como fácil e acessível. É o produto com maior adoção e crescimento”, afirma.

Entre os motivos apontados para essa escolha, destacam-se a segurança (41%), a facilidade de uso (37%), a ausência de taxas (36%) e a possibilidade de descontos nas compras (33%).

As formas mais comuns de uso do Pix também revelam sua versatilidade: 76% já utilizaram para transferências, 75% para pagamentos via QR Code e 37% por aproximação.

Outro destaque é o Pix parcelado. Embora seu lançamento oficial esteja previsto para setembro deste ano pelo Banco Central, 22% dos entrevistados já experimentaram a modalidade, oferecida por algumas instituições financeiras.

De acordo com a pesquisa, os principais atrativos do Pix parcelado são a flexibilidade, já que não compromete o limite do cartão de crédito, e os descontos oferecidos por lojistas. Além disso, o método é visto como mais prático e seguro, especialmente em compras online, e uma alternativa importante de inclusão financeira para quem não tem acesso ao crédito tradicional.

Com essa transformação, o Brasil consolida-se como uma das principais referências globais em inovação nos meios de pagamento — e o futuro das finanças por aqui parece cada vez mais digital.