O plano do governo norte-americano de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode custar caro não só ao Brasil, mas também aos próprios Estados Unidos. De acordo com um estudo da FIEMG, essa medida pode gerar uma retração de até R$ 175 bilhões no PIB brasileiro nos próximos dez anos, além de provocar a perda de mais de 1,3 milhão de empregos.

A decisão, anunciada por Donald Trump em carta enviada ao presidente Lula e prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, gera apreensão entre empresários e autoridades. A reação brasileira ainda está em avaliação. Um cenário de retaliação, com tarifas equivalentes aos produtos americanos, poderia elevar o impacto negativo para R$259 bilhões, afetando quase 2 milhões de empregos.

A FIEMG recomenda prudência e diplomacia como caminhos para evitar um agravamento da crise. Para o ministro Fernando Haddad, o Brasil deve seguir negociando e proteger sua economia sem recorrer a medidas impulsivas, embora o governo não descarte acionar a Lei da Reciprocidade, recentemente aprovada.

Os EUA são o segundo maior mercado para produtos brasileiros, com destaque para setores como combustíveis, aço, aeronaves e eletroeletrônicos. Em 2024, o volume exportado somou mais de US$ 40 bilhões.