A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 16 de julho de 2025, revela que 51% dos brasileiros acreditam que o conflito entre o governo e o Congresso Nacional tem um efeito negativo para o país. Embora esse percentual não se refira diretamente à aprovação ou reprovação do trabalho do Congresso, ele sinaliza uma insatisfação significativa com a relação entre os poderes Executivo e Legislativo. Ainda segundo o levantamento, 79% dos entrevistados afirmam que os embates entre o governo e o Congresso atrapalham o país, enquanto apenas 12% acreditam que esses conflitos ajudam de alguma forma.

A pesquisa mostra que mais da metade da população está ciente das tensões entre os Poderes, com 51% dizendo ter conhecimento dos atritos e 48% declarando desconhecê-los. Entre os eleitores que apoiam o presidente Lula, 71% consideram que esses embates prejudicam o Brasil. No grupo dos eleitores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, esse índice sobe para 80%. Esses números apontam para uma percepção generalizada de que os conflitos políticos não só atrasam o andamento do país, como também deterioram a imagem institucional do Congresso.

Além dessa percepção popular, outros dados reforçam a crise de articulação entre os Poderes. Uma fase anterior da mesma pesquisa, feita com os próprios deputados federais, revelou que 51% deles consideram negativa a relação entre o Congresso e o governo Lula. Nessa mesma sondagem, 46% dos parlamentares avaliaram o governo de forma negativa, enquanto apenas 27% demonstraram aprovação. Esses dados indicam não apenas a dificuldade do Executivo em manter uma base sólida no Legislativo, mas também a existência de um clima de desconfiança mútua que compromete decisões importantes.

Portanto, mesmo sem uma pergunta direta sobre a aprovação do Congresso, os dados da Quaest evidenciam uma forte desaprovação pública à dinâmica atual entre o Legislativo e o governo federal. A polarização política e os recorrentes atritos entre os poderes alimentam a ideia de que o ambiente político mais gera instabilidade do que soluções concretas para o país. A imagem do Congresso, por consequência, tende a se desgastar diante da população, que percebe a atuação parlamentar como parte do problema, e não da solução.