Hamas anuncia cessar-fogo e fim da guerra com Israel
Acordo prevê cessar-fogo permanente na região de Gaza e a libertação de reféns que ainda estão com o grupo
Por: Redação
09/10/2025 • 15:32 • Atualizado
O Hamas declarou, nesta quinta-feira (7), o fim da guerra entre Israel e Palestina, após mais de dois anos de conflito. Além disso, segundo informações da agência de notícias Reuters, o grupo concordou também com o início de um cessar-fogo permanente, mediante a retirada das tropas de Israel da região, bem como o comprometimento em ceder o controle do território em Gaza para mediadores.
Em discurso televisionado, o chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que o grupo recebeu garantias dos Estados Unidos, mediadores árabes e Turquia de que a guerra em Gaza terminou definitivamente.
"Hoje, anunciamos que chegamos a um acordo para pôr fim à guerra e à agressão contra nosso povo e iniciar a implementação de um cessar-fogo permanente, a retirada das forças de ocupação, a entrada de ajuda humanitária", declarou al-Hayya.
As ações fazem parte da primeira parte do acordo de paz proposto pelos Estados Unidos e firmado entre os países, na noite desta quinta-feira (8). O acordo prevê também:
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Libertação de reféns mantidos pelo grupo desde outubro de 2023, em troca, Israel deve soltar prisioneiros palestinos;
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O território palestino receberá mais caminhões de ajuda humanitária, com a entrega de comida, água e medicamentos;
- Abertura da passagem de Rafah, que fica no sul de Gaza, em ambas as direções.
Agora, as negociações devem avançar em relação à soltura de prisioneiros e reféns palestinos e israelenses. De acordo com Trump, todos os reféns serão libertos provavelmente na segunda-feira (13) ou na terça-feira (14). No entanto, o Hamas pediu um prazo maior para localizar os corpos das vítimas que morreram, uma vez que o acordo prevê a libertação de pessoas vivas ou mortas.
Desde o início do conflito, mais de 62 mil pessoas foram mortas, de acordo com dados do Ministério de Estado das Relações Exteriores da Autoridade Palestina. Ainda, para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), “Israel cometeu genocídio na Faixa de Gaza”, baseado nas definições apresentadas na Convenção de Genocídio de 1948.
