Trump volta ameaçar Venezuela: ‘Estado Islâmico do Norte’
Falas somam à série de ofensivas contra Venezuela
Por: Redação
23/10/2025 • 20:00
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira (23), que seu governo focará esforços para a realização de ações militares contra cartéis de drogas, a que ele mencionou como sendo “o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Norte”. Apesar de não ter citado o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o anúncio do mandatário norte-americano se dirige à guerra travada entre os dois líderes nos últimos meses.
Guerra de Trump contra Maduro
As falas de Trump somam-se a uma série de ofensivas dos EUA contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apontado pelo gestor norte-americano como suposto líder de um cartel internacional de drogas, acusação negada pelo venezuelano.
Além disso, segundo informações do jornal "The Wall Street Journal", aeronaves supersônicas estadunidenses realizaram uma demonstração de ataque perto da costa sul-americana. Trump negou a notícia.
No entanto, o próprio líder estadunidense confirmou o envolvimento dos EUA nos ataques a embarcações no Caribe, que supostamente estariam envolvidos no tráfico de drogas. Ao todo, pelo menos 14 pessoas morreram nos ataques.
Ainda, foi confirmada a presença de cerca de 6,5 mil militares dos EUA na região, portando armamentos como destróieres com mísseis guiados, caças F-35 em um submarino nuclear.
Reação de Maduro
Nesta quarta-feira (22), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou possuir 5.000 mísseis antiaéreos portáteis Igla‑S, de fabricação russa, posicionados rumo aos EUA. Segundo o líder venezuelano, o armamento seria uma forma de “garantir a paz” diante das ameaças militares dos estadunidenses.
Interesse de Trump na Venezuela
De acordo com especialistas políticos ouvidos pela CNN, o interesse de Trump na Venezuela vai além do combate à supostos cartéis de drogas. O território venezuelano concentra as maiores reservas de petróleo do mundo, com cerca de 303,2 bilhões de barris, de acordo com um levantamento feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Nesse sentido, uma mudança de regime na Venezuela criaria condições ideais para o fortalecimento de negócios da indústria petrolífera norte-americana, em relação ao petróleo em si, mas também à abertura do mercado interno e exploração de outras matérias-primas, com a instalação de indústrias americanas no país.
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