O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou neste sábado (16) que se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, na próxima segunda-feira (18). O encontro foi marcado após o que ele descreveu como uma “longa e substancial conversa” com o líder americano.

Segundo Zelensky, a reunião terá como foco principal discutir “todos os detalhes sobre o fim da matança e da guerra”. Ele também informou que pretende se encontrar com líderes europeus para tratar dos desdobramentos da cúpula realizada no Alasca — da qual não participou.

“A Ucrânia reafirma sua disposição de trabalhar com o máximo empenho para alcançar a paz. O presidente Trump me informou sobre seu encontro com o líder russo e os principais pontos discutidos. É importante que a força dos Estados Unidos tenha impacto no desenvolvimento da situação”, afirmou Zelensky em comunicado oficial.

O gabinete do presidente ucraniano confirmou que a conversa com Trump ocorreu neste sábado, durante o voo de volta do Alasca. Trump pousou na Base Conjunta Andrews, em Maryland, pouco depois das 2h (horário de Brasília), após encerrar a reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump passou grande parte das seis horas de voo ao telefone. Além de falar com Zelensky, também manteve contato com autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Durante a coletiva de imprensa conjunta com Putin, após duas horas e meia de encontro, Trump já havia prometido ligar para Zelensky e compartilhar detalhes da conversa com o líder russo.

Proposta de reunião trilateral

Zelensky também declarou apoio à proposta de Trump para a realização de um encontro trilateral entre Ucrânia, Rússia e Estados Unidos.

“A Ucrânia enfatiza que questões-chave podem ser discutidas diretamente entre líderes, e um formato trilateral é adequado para isso. É importante que os europeus estejam envolvidos em todas as etapas, para garantir segurança confiável ao lado dos Estados Unidos”, disse.

Ele destacou ainda que recebeu “sinais positivos” do governo americano sobre a participação nas garantias de segurança à Ucrânia. “Continuamos a coordenar nossas posições com todos os parceiros. Agradeço a todos que estão ajudando”, concluiu.