O  Senado Federal decidiu aplicar um sigilo de 100 anos sobre os registros de entrada de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", nas dependências da Casa. Essa medida foi tomada após um pedido feito pela Lei de Acesso à Informação (LAI) em 2 de julho de 2025. O Senado justificou o sigilo alegando a proteção de dados pessoais, conforme previsto no Decreto nº 7.724/2012 e na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Antônio Carlos Camilo Antunes é apontado como um dos principais envolvidos em um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Investigações da Polícia Federal indicam que ele movimentou mais de R$ 50 milhões nesse esquema fraudulento. Em abril de 2025, ele foi alvo da "Operação Sem Desconto", que resultou na apreensão de bens de luxo e documentos que apontam para a divisão de propinas.

Apesar da decisão de manter sigilo sobre as visitas, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) confirmou ter se encontrado com Antunes pelo menos três vezes em seu gabinete. A Controladoria-Geral da União (CGU) considera que a divulgação dos registros de entrada e saída em órgãos públicos tem interesse público, pois ajuda a identificar possíveis irregularidades e conflitos de interesse.

Por outro lado, a Câmara dos Deputados, em resposta a um pedido semelhante, informou que não há registros da entrada de Antunes desde 1º de janeiro de 2019.