Com o aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, conhecido como "tarifaço", os insumos médicos no país podem ficar até 30% mais caros caso o governo federal implemente a Lei da Reciprocidade. Equipamentos de saúde figuram entre os principais produtos importados dos EUA pelo Brasil.

Levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indica que o Brasil importa cerca de US$ 1,7 bilhão em produtos médicos norte-americanos. A aplicação de taxas recíprocas elevaria o preço dessas mercadorias, afetando diretamente a rede pública de saúde, já que aproximadamente 60% dessas importações destinam-se a hospitais estaduais e Santas Casas.

Buscar novos fornecedores para substituir os produtos americanos não seria uma solução rápida ou simples, considerando a complexidade do processo. A substituição demandaria de um a dois anos, envolvendo registros junto às autoridades sanitárias, validação e certificação em laboratórios, além do treinamento dos profissionais para utilização dos novos equipamentos.

Entre os equipamentos médicos mais importados dos EUA estão máquinas de ressonância magnética, tomógrafos, aparelhos de raio-x e equipamentos de anestesia, essenciais para procedimentos cirúrgicos.