A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados oficializou, em reunião deliberativa realizada nesta quinta-feira (18), a perda de mandato dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As decisões, fundamentadas em motivos distintos, ocorreram apesar das tentativas da ala aliada aos parlamentares de postergar a votação para 2025.

A saída de Ramagem, ex-diretor da Abin, decorre de uma condenação proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Judiciário considerou o parlamentar culpado por envolvimento em articulações contra o Estado Democrático de Direito.

Já o deputado Bolsonaro teve o mandato cassado por razões administrativas. O colegiado confirmou que o parlamentar ultrapassou o limite constitucional de faltas não justificadas em sessões deliberativas da Casa.

Sobre a Votação

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manteve a pauta do dia mesmo sob pressão de congressistas da oposição para adiar a análise. A decisão foi consolidada por ampla maioria interna, contando com o apoio de nomes chave da cúpula da Casa, como os secretários Carlos Veras e Lula da Fonte, além da Delegada Katarina e suplentes da Mesa.

O presidente da Casa, Hugo Motta, porém, não cedeu às pressões e decidiu deliberar sobre os casos em reunião com os demais membros da direção da Câmara.

Além de Motta, apoiaram as perdas de mandato de Eduardo e Ramagem o primeiro-secretário Carlos Veras, o segundo-secretário Lula da Fonte, a terceira-secretária Delegada Katarina, o primeiro suplente Antonio Carlos Rodrigues, o segundo suplente Paulo Folleto e o terceiro suplente Victor Linhalis.