O passageiro Helder Carlos relatou ter sido bloqueado sem explicações no aplicativo Uber, em setembro de 2024, após quatro anos utilizando o serviço com frequência. Segundo ele, o bloqueio aconteceu de forma repentina, mesmo após ter recebido anteriormente um e-mail da empresa elogiando sua conduta como usuário.

“Fui passageiro da Uber durante quatro anos. Inclusive, recebi um e-mail elogiando meu comportamento. Do nada, fui bloqueado no aplicativo, sem saber o motivo”, afirmou Helder.

Sem conseguir resolver o problema pelos canais digitais da plataforma, o consumidor decidiu recorrer à Justiça para tentar entender a razão do bloqueio. Durante o processo, ele descobriu que a medida foi tomada porque utilizava um nome artístico no cadastro, o que, segundo a empresa, descumpre as regras do aplicativo.

Helder, no entanto, argumenta que, ao consultar os termos gerais de uso da Uber, não encontrou nenhuma cláusula que exigisse que o nome de registro no aplicativo fosse exatamente o mesmo do documento de identidade ou do registro em cartório.

O passageiro criticou ainda a falta de transparência e a ausência de canais de atendimento presenciais para esclarecer situações como essa. “Não existe um escritório físico onde a gente possa conversar e entender o que aconteceu. Tudo é feito apenas pelo aplicativo ou por e-mail, o que considero um absurdo. Ficamos à mercê das regras da empresa, que pode romper o vínculo de forma unilateral”, disse.

Helder afirma que espera que o caso sirva de alerta para outros usuários e defende mais diálogo e clareza entre a plataforma e os consumidores.

Até o momento, a Uber não se manifestou sobre o caso.