Dieta inflamatória agrava casos de psoríase, diz estudo
Alimentação saudável pode aliviar sintomas da doença
Por: Victor Hugo Ribeiro
22/07/2025 • 21:00
Um novo estudo, publicado em fevereiro no British Journal of Nutrition, indica que dietas com perfil inflamatório aquelas ricas em produtos ultraprocessados, carnes vermelhas e açúcar simples estão associadas a quadros mais severos de psoríase. A pesquisa também aponta que padrões alimentares saudáveis podem contribuir para a redução dos sintomas.
A doença inflamatória crônica conhecida com psoríase, provoca placas ou manchas ressecadas na pele sendo bem frequente nos braços e no cotovelo. Outros fatores apresentados com risco é o tabagismo, o consumo de álcool e a obesidade.
Segundo especialistas esses sintomas de certas condições costumam ser recorrentes e intermitentes. Ela destaca que, apesar de o papel da alimentação nesse cenário ainda não estar completamente definido, o tema desperta cada vez mais interesse científico. Neste caso estudos observacionais prévios já apontavam uma ligação entre dietas com características mais inflamatórias e um agravamento do quadro clínico.
Como tratar a psoríase com dietas
Uma pesquisa com 257 adultos com psoríase revelou que dietas mais saudáveis estão ligadas a sintomas mais leves da doença. Quanto melhor o padrão alimentar, menor a intensidade da psoríase.
Isso se deve ao fato de que a psoríase é uma doença inflamatória crônica. Alimentos ricos em frutas, vegetais, oleaginosas, fibras e itens minimamente processados possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que ajudam a controlá-la. Por outro lado, dietas com muitas gorduras saturadas, carnes processadas e ultraprocessados promovem inflamação e pioram a condição.
Embora a alimentação não substitua o tratamento médico, ela potencializa os resultados e ajuda a gerenciar comorbidades como síndrome metabólica e risco cardiovascular. Ter uma dieta saudável deve ser vista como parte essencial do tratamento, especialmente para pacientes com sobrepeso ou obesidade, que tendem a ter a inflamação agravada. A pesquisa reforça a necessidade de uma abordagem multidisciplinar que considere o estilo de vida completo do paciente.